Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de doadores de sangue de um país deve representar 5% da sua população. Entretanto, no Brasil, essa porcentagem encontra-se em torno de 1,8%. “Muitas vezes, o brasileiro só se lembra da necessidade quando algum parente ou amigo precisa urgentemente de transfusão”, explica César de Almeida Neto, hematologista da Fundação Pró-Sangue.
Vítimas de acidentes de trânsito, pacientes submetidos a tratamentos quimioterápicos, pessoas que sofrem com leucemia, anemia aguda ou outras doenças, bem como aquelas que passam por cirurgias de emergência, estão entre as que necessitam da doação. E para salvar suas vidas, elas contam com um gesto solidário de outros cidadãos. O motoboy Jair Veiga, de 35 anos, sofreu um acidente com sua motocicleta e teve uma grave hemorragia. Precisou de uma transfusão e, se não houvesse sangue disponível, não teria sobrevivido. “Com a chegada do Natal e do Ano-Novo, a situação fica ainda mais grave, pois há queda nas doações, já que a maioria das pessoas está de férias e envolvida com as festas de fim de ano. No entanto, a necessidade aumenta, uma vez que ocorrem mais acidentes nas estradas”, comenta o médico.
Doar sangue é salvar vidas
Apesar de toda a evolução dos últimos anos, a ciência ainda não conseguiu desenvolver um substituto para o sangue humano. Por isso, a doação é a única forma possível de se salvar vidas. “O material doado é processado e fracionado, para que se possa aproveitar, de modo independente, toda a sua composição. Por exemplo, as plaquetas são doadas para pacientes com necessidades específicas, assim como o plasma e as hemácias. Ou seja, com esse gesto, você pode salvar até três vidas!”, conta César.
É fácil e seguro
Em cada doação são retirados, em média, 450 mililitros de sangue, o que representa cerca de 8% do volume sanguíneo do organismo. “A quantidade retirada não afeta a saúde do doador, já que o próprio organismo se encarrega de repô-la em aproximadamente 24 horas. E, ao contrário do que muita gente imagina, doar não engrossa nem afina o sangue. Além disso, o procedimento é simples, seguro e praticamente indolor. Todo o material utilizado é descartável, e não há risco algum para o doador”, afirma o hematologista.
Quem pode doar
Pessoas entre 16 e 69 anos. Mas, atenção: se o candidato à doação de sangue tem entre 16 e 17 anos ou mais de 60 anos, é importante conhecer as Normas e documentos necessários para doação de sangue. Os demais critérios são válidos para todos.
Quem tem e está com boa saúde;
Quem pesa acima de 50 kg;
Quem dorme bem na noite anterior à doação;
Mulheres, mesmo se menstruadas ou em uso de anticoncepcionais.
Quem não pode doar
Quem teve hepatite após os 11 anos de idade, exceto se tiver comprovação laboratorial da época de que se tratou de hepatite A (IgM positiva).
Quem tem exposição a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis;
Quem teve gripe, resfriado ou diarreia nos sete dias anteriores à doação;
Quem ingeriu bebida alcoólica nas últimas 12 horas anteriores á doação;
Quem usou ou usa drogas injetáveis;
Quem apresenta ferimento ainda não cicatrizado;
Quem estiver grávida ou em período de amamentação; após o parto normal é necessário aguardar três (3) meses; após cesárea, seis (6) meses;
Quem fez qualquer exame por endoscopia nos seis (6) meses anteriores à doação;
Quem fez cirurgia por laparoscopia nos seis (6) meses anteriores à doação;
Quem fez tatuagem nos últimos 12 meses anteriores à doação.
Quem fez ou faz tratamento dentário (a pessoa pode ser impedida de doar por um período de 1 a 30 dias, conforme o caso).
Quem fez piercing nos últimos 12 meses anteriores à doação. Piercing localizado em área genital ou na boca, somente poderá ser liberada a doação, 12 meses após sua retirada.
Lembrando que:
Não se deve doar sangue em jejum. Pela manhã, alimentar-se antes; à tarde, dar um intervalo de três (3) horas após o almoço.
Não vale desistir
Quem não pode doar, de imediato, pode voltar em outra oportunidade.
Fontes:
Portal Vital
Hemoninas
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